quarta-feira, 28 de setembro de 2016



Enquete 

O Perfil do Ilustrador Científico Brasileiro

Caros amigos 
V. que é ilustrador científico, em qualquer estágio que v. esteja (estudante, iniciante na carreira ou profissional), está convidado a participar da pesquisa que pretende traçar o perfil dos ilustradores científicos brasileiros, bem como analisar o mercado de trabalho no Brasil. Pretende-se que ela sirva de orientação para os iniciantes na profissão, bem como para os veteranos. 

Essa pesquisa foi iniciada em 2012 e a primeira etapa apresentou um panorama para aquele momento, cujos dados apurados estão disponibilizados no Blog iriamstar.com.

Sua colaboração é de extrema importância para a atualização desses dados. 
Informamos que nenhum dado pessoal será divulgado e também não receberá nenhuma recompensa financeira. Os resultados serão consolidados e publicados na internet.

V. poderá participar da pesquisa preenchendo o formulário disponível no endereço https://mail.google.com/mail/u/0/#search/Iriam/157330cb1db20621. É fácil e rápido. É de extrema importância que responda a todas as perguntas. especialmente as marcadas com *.Lembre-se de finalizar a pesquisa clicando em ENVIAR, para que os dados sejam registrados. 

Agradecemos sua colaboração.

Pesquisadores Responsáveis:
Iriam Gomes Starling - Médica cirurgiã, artista plástica, ilustradora, membro da UNIC (Belo Horizonte, MG)
Diana Carneiro - Bióloga, ilustradora, membro da UNIC e CIBP (Curitiba, PR)
Marcos Santos Silva - Biólogo, professor na UNB, membro da UNIC e da AICCOB (Brasília, DF)
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Feliz coincidência!



Aproveitando o mês de inauguração desse site quero lançar a sessão  'Aquarela botânica do mês', destacando um trabalho de minha autoria como referência para abordagens de aspectos relativos a técnica e composição em ilustração botânica.

Há dois meses atrás, quando Renato Ximenes (www.thenativeorchid.com) estava desenvolvendo o site,  trabalho que foi escolhido para o cabeçalho do site foi o da Sophronitis coccínea por ter para mim um valor histórico em minha jornada, foi o primeiro trabalho feito logo após o meu retorno ao Brasil, voltando do período de especialização feito em Kew Gardens (UK). Meu amigo e pesquisador Paulo Labiak me presenteou com essa planta falando sobre a importância da espécie, e também pela dificuldade de cultivo fora do seu habitat natural. Procurei pinta-la o mais rápido possível e fixei o conjunto das mudinhas da colônia no tronco de uma laranjeira aqui no meu quintal e todos os anos, no final do inverno ou início da primavera, ela me presenteia com uma floração belíssima, me fazendo lembrar da alegria que eu senti ao pinta-la naquela ocasião.
  Coincidentemente, enquanto terminávamos o site e colocávamos no ar a colônia desabrochou em flores ... e, claro, foi o trabalho que me ocorreu de apresenta-lo nesta sessão em primeiríssima mão: 






A espécie retratada é a  Sophronitis coccinea (Lindl.) Richb. f., variedade  riograndensis, uma pequena orquídea típica das florestas de altitude das regiões Sul e Sudeste do país (PR, SC e RS), em elevações de 650-1670 metros.
Lindley,  em 1828, definiu esse gênero atribuindo-lhe o nome com base na sua etmologia, que vem do grego (Sophron - casto, modesto, pequeno e  Coccinea - da cor vermelho escarlate).
É uma orquídea genuinamente brasileira, também conhecida por Orquídea Vermelha, seu  pigmento é bastante raro na família das orquídeas, embora possa haver variedades de cores para o rosa e excepcionalmente branca (var. alba). 
Essa orquídea se adapta em clima frio e alta umidade relativa do ar e gosta de bastante luminosidade, evitando-se, contudo, o sol direto. Talvez por essa razão tenha se adaptado tão bem no meu quintal, na região metropolitana de Curitiba onde resido, primeiro planalto paranaense.
Mais informações Sophronitis sp. podem ser encontradas em http://www.delfinadearaujo.com/on/on37/genero_sopronitis/Sophronitispage1.htm  
O Trabalho:

Este trabalho foi feito segundo a técnica tradicional de aquarela botânica, descrito no livro de minha autoria, onde sucessivas camadas transparentes de aquarela foram aplicadas  até se conseguir a tonalidade necessária segundo o modelo que eu estava observando.

Para as flores foram usados os pimentos: Cadmium yellow (para a camada inicial) Cadmium red (como cor local, aplicado na maioria das camadas) e uma mistura de Cadmium red e Viridian para as áreas de sombra das pétalas.
Para as folhas a cor obtida pela mistura de Cadmium yellow e Indigo blue como cor local, e para a áreas de sobra com o acréscimo de pequena porção (traços) de Cadmium red.
No tronco foi usado basicamente o Raw umber, com toques de Indigo blue nas áreas sombrias para resolver o volume.

O que de importante que eu quero ressaltar hoje  é que sempre que eu preciso escurecer (ou rebaixar o tom) de uma determinada cor para a aplicação das áreas sombrias da pintura eu utilizo as cores complementares das cores locais (ou cores básicas) do meu modelo, no caso o vermelho escarlate e o verde das folhas. Muitas vezes eu utilizo as próprias cores locais para se complementarem nas regiões de sombra. Mas vejam que nas flores eu preferi utilizar um verde frio (o Viridian) evitando a mistura do verde (quente) das folhas, para que o resultado não pendesse para uma tonalidade marrom, pelo excesso de amarelos que ambas as cores possuíam. Dessa forma, o verde viridian resolveu plenamente o objetivo.

Na época, minha paleta era muito centrada nos pigmentos de cádmio que, muitas vezes, são pimentos opacos. Na atualidade eu já utilizo mais amarelos e vermelhos transparentes, mais isso é um assunto para outra ocasião...

Espero que tenham gostado !       

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

5º Encontro Brasileiro sobre Ilustração Científica

V Encontro Brasileiro sobre ilustração Científica



 O V Ebic realizado no mês passado na cidade de Florianópolis, foi memorável. Novamente a equipe de Floripa nos presenteou com uma carinhosa recepção e o evento foi um sucesso em todos os aspectos: ótima programação, minicursos repletos, envolvimento e entusiasmo de todos os participantes, provando que a área da Ilustração Científica no Brasil está se fortalecendo a cada ano.

Leandro Lopes ( coordenador do evento) e sua equipe de trabalho  
 

 Tivemos uma grata surpresa com a participação de jovens ilustradores, com um trabalho de qualidade, que vieram nos mostrar o quanto já conseguiram nas áreas da ilustração científica digital. 

Neste encontro tive a oportunidade de participar de uma mesa redonda, apresentando aspectos relacionados à formação de ilustradores botânicos especialmente desenvolvido pela ASBA (American Society of Botanical Artists), na sessão 'Quanto Vale?'  e apresentação de um minicurso de 12 horas: Composição para ilustradores científicos.



Alguns componentes participantes da Mesa Redonda, como Noemi de La Cevallos (do Equador), Emanuel la Verde (da Colombia), Iriam Starling, Fatima Zagonel e eu.


 Quero ressaltar a participação de nossos colegas ilustradores do CIBP participantes do encontro Fátima Zagonel e Simone Ribeiro, ambas ministrantes de workshops


Em sala de aula, durante o minicurso   
Simone Ribeiro em seu minicurso
    Fatima Zagonel e Fernando Correia
       na sessão de Portfolio

 
Um momento de destaque do encontro foi a abertura da V Exposição Nacional sobre Ilustração Científica ( V Exponic ) e II Exposição 'Anatomia de uma Ilustração' 
 

                                          
   


Uma belíssima reportagem sobre o evento foi preparada por Juliana Botelho onde ela faz uma descrição de todas as atividades desenvolvidas, ilustradas com dezenas de fotos. Pode ser vista em ILUSTRACAOCIENTIFICAUFMG.

No site da União Nacional dos Ilustradores Científicos www.ilustradorescientificos.br   vs. também poderão acompanhar o evento e ver novas fotos postadas pela colega Iriam Starling.  Não deixem de visitar!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sejam bem-vindos ao site


DIANA CARNEIRO
Artista Plástica e Ilustradora Botânica

Arte e Natureza!

Eu nunca soube definir ao certo se a ilustração científica é a ‘Arte a serviço da Ciência’ ou o contrário. Partindo o pressuposto que para o artista o saber científico pode ser apenas um motivo para ele se expressar artisticamente, tenho procurado tratar todos os temas que me chegam às mãos, sejam eles ligados a morfologia vegetal ou animal - na maioria das vezes, à representação de ambientes, aos aspectos anatômicos, a temas didáticos ou literários, dentre outros, como se tudo fosse uma oportunidade de entrelaçamento entre Arte e Ciência, sem a preponderância de uma área sobre a outra.

     
Hoje, após vinte anos de profissão, tenho a satisfação de criar esse canal de comunicação procurando interagir com todos aqueles que se interessam pelo assunto, justamente por entender que o crescimento pessoal é facilitado quando podemos conversar sobre os temas aos quais nos dedicamos. Pretendo com esse blog postar temas relacionados com a ilustração científica em geral, com a ilustração botânica em particular, ilustrações didáticas, comerciais, literárias e aquarelas artísticas. Divulgar trabalhos executados por mim e por colegas ilustradores e aquarelistas, bibliografias pertinentes, eventos importantes na área e produtos desenvolvidos com a utilização das ilustrações produzidas.

Seja muito bem-vindo e aproveite o site.